Laboratório de Estudos Interdisciplinares em Arqueologia
  • Convite para defesa de dissertação de Mestrado de Walderes Coctá Priprá

    Publicado em 07/06/2021 às 18:12

    É com imensa alegria que convidamos a todes a participar da defesa de dissertação de Mestrado de Walderes Coctá Priprá intitulada: “Lugares de Acampamento e Memória do povo Laklãnõ/Xokleng, Santa Catarina”, no dia 17 de junho, as 14h, link no cartaz.

     


  • Palestra Online: Por Histórias Indígenas: o povo Makurap e o ocupar seringalista na Amazônia Dra. Roseline Mezacasa

    Publicado em 07/06/2021 às 18:08

    Com muita satisfação que fazemos o convite a palestra online ‘Por Histórias Indígenas: o povo Makurap e o ocupar seringalista na Amazônia” com a Dra. Roseline Mezacasa (Docente do Departamento de Educação Intercultura DEINTER-UNIR). A palestra versará sobre a pesquisa desenvolvida em sua Tese defendida no Programa de Pós-Graduação em História da UFSC na linha de pesquisa História Indígena, Etnohistória e Arqueologia.

    A palestra será dia 10 de junho quinta feira às 16 horas no canal do Youtube do LEIA.

    Para acessar nosso canal de Youtube clique aqui!


  • Leia na Sexta “Estilo de vida de pescadores-caçadores-coletores sob uma perspectiva ecossistêmica – Análise Arqueozoológica do Sítio Rio do Meio/SC” Dr. Simon-Pierre Gilson

    Publicado em 09/03/2021 às 18:50

    Convidamos para a palestra com o Dr. Simon-Pierre Gilson “Estilo de vida de pescadores-caçadores-coletores sob uma perspectiva ecossistêmica – Análise Arqueozoológica do Sítio Rio do Meio/SC” que ocorrerá em espaço online no dia 12 de março de 2021 às 16 horas. Dr. Simon-Pierre Gilson é Pós-doutorando no PPGH/UFSC e pesquisador associado ao LEIA e sua apresentação versará sobre os resultados de sua tese defendida no Museu Nacional -UFRJ.
    O link para apresentação clicando aqui.


  • Parabéns Doutora Roseline!

    Publicado em 01/03/2021 às 18:37

     

    No dia 25 de fevereiro foi realizada a defesa de doutorado de Roseline Mezacasa com o título “Por Histórias Indígenas: o povo Makurap e o ocupar seringalista na Amazônia”. A banca contou com a participação de: Prof.Dr. Edson Kayapó (IFBA); Prof.Dr. Felipe Van Velden (UFSCAR); Prof.Dr. Jorge Eremites Oliveira (UFPEL);  e Profa. Dra. Evelyn Schuler Zea (UFSC)e teve sua excelência destacada como uma importante contribuição para a História Indígena no Brasil. Parabéns Doutora Roseline pela importante conquista!

     


  • Divulgação da defesa de Doutorado da Roseline Mezacasa

    Publicado em 08/02/2021 às 19:45

    Convidamos a todos para defesa de Tese de Roseline Mezacasa. Será dia 26 de fevereiro ás 14 horas (horário de Brasília) via plataforma Meet.

    O ambiente online poderá ser acessado clicando aqui!


  • Nota de repúdio à homenagem feita a Natale Coral, assassino de indígenas (que “trazia a orelha dos índios na salmoura, só pro riso”)

    Publicado em 08/02/2021 às 19:33

    Nota de repúdio à homenagem feita a Natale Coral, assassino de indígenas

    (que “trazia a orelha dos índios na salmoura, só pro riso”)

     

    A equipe de coordenação do curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica recebeu com indignação a notícia que na noite de 28 de dezembro de 2020, Nova Veneza, cidade sul catarinense, inaugurou uma praça em homenagem a seu fundador, Natale Coral.

    Nascido na Itália em 1859 e falecido no Brasil em 1911, Natale Coral é figura reconhecida em Nova Veneza, por sua fundamental contribuição à formação da colônia.
    De acordo com o Portal Veneza (portalveneza.com.br) a obra será completada com um memorial, duas rosas dos ventos e “Na parte superior, na posição vertical uma baliza topográfica em forma de flecha, representará o povo indígena que vivia nestas terras.”
    Em um momento histórico no qual  pelo mundo todo vemos a remoção e o questionamento acerca de monumentos em homenagem a  ditos “heróis”, responsáveis por atos genocidas do passado, ao receber a notícia desta homenagem nos perguntamos: Por que? Para que? A homenagem a Natale Coral em praça pública nos parece um negacionismo histórico dos crimes cometidos pelo fundador, e nos provoca novamente o questionamento sobre o lugar dos ditos “heróis” na nossa sociedade atual. A referência genérica a um povo indígena colocado no passado é mais um indício da continuidade da disseminação de visões racistas. A flecha equivale a uma enevoada lembrança do passado da região? Indígenas? Qual povo indígena?

    Trata-se daqueles que os imigrantes e seus descendentes denominaram pejorativamente como bugres. Trata-se, em realidade, dos Laklãnõ-Xokleng, povo caçador, pescador, coletor, que à época vivia em grupos num imenso território de ocupação abrangendo desde o Rio Grande do Sul ao Paraná. Sim, eram ocupantes que antecederam os imigrantes desbravadores do sul catarinense e que atualmente vivem no Alto Vale do Itajaí e norte do Estado, nas Terras Indígenas Laklãnõ e Rio dos Pardos. São um povo com história de longa duração.

    E que associação há entre Natale Coral e indígenas que o município quer que sejam lembrados na praça em sua homenagem?

    Relatos e registros enunciam que o homenageado era um dos “bugreiros”, caçadores de índios, figuras que protagonizaram horror e morte nos acampamentos Xokleng, entre fins do século XIX e início do século XX. Essa conduta bárbara não condiz com civilidade, com humanismo. Não condiz com homenagem póstuma. Praças, estátuas, bustos são formas de solidificar símbolos e assim dar continuidade a memórias, fortalecendo visões e narrativas históricas. Os fatos históricos não mudam, mas nós podemos mudar quem escolhemos como heróis para o nosso presente e para o nosso futuro.

    Escreveu o professor historiador e antropólogo Silvio Coelho dos Santos, da UFSC, referência na Etnologia Indígena brasileira, sobretudo a partir de suas pesquisas junto aos Xokleng a partir da década de 1960, falecido em 2008: “No sul do Estado, Natal Coral, Maneco Ângelo e um tal Veríssimo, entre outros, tornaram-se famosos como líderes das ‘batidas’ e pela violência com que assaltavam os acampamentos dos índios” (SANTOS, 2007, p. 75). Relatou Ireno Pinheiro, famigerado “bugreiro” que atuou em outras regiões de SC, como Santa Rosa de Lima: “Besteira foi o que fez o Natal Coral. Quando voltava de uma batida, trazia a orelha dos índios na salmoura, só pro riso. Mas depois os colonos só queriam pagar com a prova das orelhas, e ele se aborreceu, parou até que os índios já estavam ficando cada vez mais raros” (SANTOS, 2007, p. 118).

    Há ainda outros nomes de bugreiros, como Zé Domingo e Martinho Marcelino de Jesus (conhecido como Martin Bugreiro), este último lembrado e temido no Vale do Itajaí. Seus próprios relatos são aterrorizantes, inconcebíveis, inadmissíveis, a expressar verdadeiro genocídio.

    Temos, portanto, uma nova praça em Nova Veneza que comemora um “bugreiro”. São estes símbolos, estas memórias que os cidadãos e turistas que chegam em Nova Veneza querem carregar para o seu futuro? Visões de genocídio, visões racistas? Temos um povo indígena que tenazmente sobrevive, lembrando o que os antepassados relataram sobre os bugreiros. E temos, a rigor, um novo tempo a solicitar reconhecimento da história e atiçamento da memória. A requerer indignação, revolta e austeridade frente aos fatos, à atrocidade. Qual patrimônio histórico queremos referenciar para o nosso futuro?

    É tudo e nada. Tudo a aprender e se posicionar. Nada a se omitir e negligenciar.

    Referência bibliográfica

    SANTOS, S. C. dos. Ensaios oportunos. Florianópolis: Academia Catarinense de Letras,

    2007.

     

    Coordenação da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul do Mata Atlântica

    Universidade Federal de Santa Catarina

    Manifestações de Apoio à Nota de Repúdio

    1. Departamento de História/UFSC
    2. Departamento de Antropologia/UFSC
    3. PPGA/UFSC
    4. Instituto Memória e Direitos Humanos (IMDH)/UFSC

     

    fonte: https://licenciaturaindigena.ufsc.br/


  • Live Territorialidades Ameríndias no Alto Vale do Itajaí!

    Publicado em 04/02/2021 às 20:45

    Na sexta feira dia 19 de fevereiro, ás 14 horas, ira ocorrer uma roda de conversa do projeto Territorialidades Ameríndias no Alto Vale do Itajaí com Juliana Salles Machado, Lucas Bueno, Nivaldo Peroni, Patricia Hadler e Alejandra Matarrese! Além da roda de conversa haverá o lançamento do audiovisual do projeto!

    O evento poderá ser acessado pelo meet google clicando aqui!

    O audiovisual estará disponível no YouTube do laboratório (clique aqui)!


  • Disciplinas ofertadas pela professora Dra. Juliana Salles Machado Semestre 2020.2 (remoto)

    Publicado em 04/02/2021 às 11:25

    No semestre 2020.2 há duas disciplinas sendo ofertadas pela professora Dra. Juliana Salles Machado, abaixo o link para os programas de cada curso:

     

    Para acessar informações das demais disciplinas do LEIA clique aqui!


  • 30 Minutos de Histórias – Ciclo de Entrevistas: Arqueologia em Florianópolis com Lucas Bueno

    Publicado em 09/11/2020 às 14:33

    Entrevista do professor Lucas Bueno para o projeto do Pet História UFSC “30 Minutos de Histórias” sobre Arqueologia em Florianópolis. A entrevistadora é Alice Lopes de Souza, graduanda em História pela UFSC e integrante do PET História UFSC. A entrevista pode ser vista no canal de Youtube do Pet História UFSC clicando aqui.

     


  • NOTA DE FALECIMENTO E HOMENAGEM À LUIS MARCELO BALVOA

    Publicado em 04/11/2020 às 22:37

    4 de novembro de 2020

     

    NOTA DE FALECIMENTO E HOMENAGEM À LUIS MARCELO BALVOA

    Com grande tristeza o LEIA/UFSC  comunica o falecimento no dia 3 de novembro de 2020 de um de nossos integrantes, Luis Marcelo Balvoa, que foi jornalista, aluno do curso de Antropologia desta Universidade e que desde 2019 desenvolvia seu doutorado em Arqueologia na Universidade de Buenos Aires, intitulada “Los Muertos que vós matais: arqueologia de las estratégias de exterminio de los indios ene el sur del brasil, una interfase entre la bioarqueologia y a antropologia forense”.

    Marcelo foi um amigo querido por todos, um colega de trabalho presente, cheio de curiosidade e vontade de conhecer e refletir sobre o mundo. Dividiu muitas alegrias com muitos de nós e seu falecimento tão inesperado vai deixar saudade e a sensação de que poderíamos ter aprendido e feito tantas outras coisas juntos.

    Marcelo foi também companheiro de vida de nossa amiga, também integrante de nosso laboratório, Luciane Scherer, com quem nos solidarizamos.

    Seguimos aqui com os corações apertados, desejando força a família e guardando com carinho todos os momentos que pudemos compartilhar com o Marcelo.

    HOMENAGEM por Alejandra Matarrese 

    Ontem você partiu Marcelo, amigo querido e colega, você subiu ao último cume. Você foi um lutador incansável da vida, uma alma generosa disposta a oferecer uma mão amiga para aqueles que estivessem dispostos a aceitá-la.

    Seus anos como jornalista fizeram com que as palavras nunca fugissem do seu lápis e sempre tivessem o valor do respeito.

    Estudante e pesquisador curioso e comprometido, que levou suas perguntas de antropólogo ao Aconcágua, a montanha que te viu crescer, para voltar com reflexões e novas histórias para contar sobre o alpinismo contemporâneo.

    E o seu espírito inquieto procurava novos desafios.

    Você começou a percorrer um caminho que ajudará a tornar visíveis as injustiças que construíram parte da história dos povos indígenas catarinenses. Você nos deixou seu legado. Agora, cabe a nós que ficamos continuar a trilha iniciada.

    Seus amigos e sua família ficam aqui celebrando a sua vida na memória dos momentos compartilhados, resgatando sua alegria e sua alma carinhosa.

    Nós sempre sentiremos a sua falta.

    ***

    Ayer partiste Marcelo, amigo querido y colega, ascendiste la última cumbre. Fuiste un incansable luchador de la vida, un alma generosa dispuesta a brindar la mano amiga a todos los que estuviesen dispuestos a tomarla.

    Tus años de periodista hicieron que las palabras nunca huyeran de tu lápiz y que siempre tuvieran el valor del respeto.

    Estudiante e investigador curioso y comprometido, que llevó sus preguntas de antropólogo hacia el Aconcagua, la montaña que te vio crecer, para volver con reflexiones y nuevas historias que contar acerca del alpinismo contemporáneo.

    Y tu espíritu inquieto buscaba nuevos desafíos.

    Comenzaste a transitar un camino que ayudara a visibilizar las injusticias que construyeron parte de la historia de los pueblos indígenas de Santa Catarina. Nos dejaste tu legado. Ahora nos toca a los que quedamos continuar la huella iniciada.

    Tus amigos y tu familia nos quedamos celebrando tu vida en el recuerdo de los momentos compartidos, recuperando tu alegría y tu alma cálida.

    Te extrañaremos siempre.

     

     

    ÁLBUM DE MEMÓRIAS

     

    Marcelo na prospecção arqueológica na região de Alfredo Wagner, 2016. Foto: LEIA/UFSC

    Marcelo com equipe do LEIA na região de Alfredo Wagner, 2016. Foto: LEIA/UFSC

    Marcelo na prospecção arqueológica do sítio Nova Bremem, Alto Vale do Itajaí, 2019. Foto: LEIA/UFSC

    Marcelo na prospecção arqueológica do sítio Nova Bremem, Alto Vale do Itajaí, 2019. Foto: LEIA/UFSC

    Marcelo com amigos do LEIA em comemoração. Foto Alejandra Matarresse.

    Marcelo com amigos do LEIA em comemoração. Foto Alejandra Matarresse.