Introdução à Arqueologia 2020.1

 

DISCIPLINA: Introdução a Arqueologia

CÓDIGO: HST 5838

Professora: Juliana Salles Machado

Semestre: 2020.1

Nº DE CRÉDITOS: 04 – 72 horas-aula

HORÁRIO: 5ª. Feira, 14:20

 (PDF da ementa)

1. EMENTA

Estudo sobre o que é e qual a abrangência da arqueologia em termos temporais e teóricos. Noções básicas sobre o que é cultura material, sítio arqueológico, registro arqueológico. Apresentação de aspectos teórico-metodológicos relacionados às diversas atividades realizadas pelo arqueólogo, com ênfase em campo e laboratório. Discussão sobre como se dá o processo de produção de conhecimento em arqueologia e quais as vinculações da arqueologia com a sociedade contemporânea no que tange aos discursos sobre Patrimônio, Memória e Educação.


2. CONTEÚDO

  • História da Arqueologia
  • Cultura material e seus significados
  • O trabalho do arqueólogo: entre campo, laboratório e divulgação
  • Arqueologia e Sociedade
  • Arqueologia e Educação

3. AVALIAÇÃO.

A disciplina será ministrada através de aulas expositivas e dinâmicas de grupo
for a da sala de aula, que abordarão: 1) epistemologias, conceitos e princípios
básicos da arqueologia; 2) as discussões da bibliografia selecionada, 3) e
atividades de avaliação vinculadas à discussão dos textos, envolvimento e
participação dos alunos durante as aulas, debates sobre os conceitos e textos,
mesas-redondas e prova dissertativa.
As avaliações serão realizadas a partir de uma mesa-redonda, uma prova
dissertativa, apresentação de um trabalho em sala de aula e uma resenha
crítica, além da participação em aula e nos debates promovidos durante o
curso.


  • Os debates e mesas-redondas propostas visam avaliar tanto a
    compreensão do conteúdo de cada módulo ofertado, quanto a capacidade
    do aluno em desenvolver um pensamento crítico e comparativo entre os
    conceitos e autores apresentadosm assim como se expresser e debater
    academicamente.
  • As provas dissertativas visam a avaliação do conteúdo ofertado no curso,
    as leituras realizados pelos alunos e trabalhadas e debatidas em aula.
  • A resenha crítica deverá ser realizada sobre filmes, documentários e
    notícias da internet sobre o tema da disciplina, utilizando para reflexão
    pelo menos dois autores do curso. As resenhas críticas devem apresentar
    um texto indicado da bibliografia e devem ser escritas em 1 página, Fonte
    Times New Roman 12, Espaçamento simples e não devem conter citações
    diretas. O objetivo deste exercício acadêmico é avaliar a compreensão do
    aluno da leitura e sua capacidade de escrita, síntese e pensamento crítico.

*Todas as avaliações escritas entregues, exceto provas dissertativas em sala de
aula, devem ser entregues digitalmente em word ou PDF e serão submetidas aos
softwares atni-plágio. Tendo sido constatado plágio o/a aluno/a
automaticamente terá sua nota zerada.
** email para entrega: juliana.salles.machado@ufsc.br

CÁLCULO PARA NOTA FINAL:
MESA REDONDA [10]
+ PROVA DISSERTATIVA [10]
+ APRESENTAÇÃO DE TRABALHO [10]
+ RESENHA CRÍTICA [10 PONTOS]
/4 = NOTA FINAL
+ PARTICIPAÇÃO EM SALA [0,5]

4. RECUPERAÇÃO

a. Deverá realizar uma prova de recuperação o(a) aluno(a) que obtiver freqüência suficiente e média final entre 2,0 e 6,0;

b. A nota final da disciplina será definida pela média simples entre a média final e a nota obtida na prova de recuperação;

 

PLANO DE ENSINO

 

Aula 1 – 06 de março
O que é Arqueologia?
• Apresentação do programa

Aula 2 – 13 de março
História da Arqueologia
Texto 2: SYMANSKI, Luís Cláudio Pereira. Arqueologia – antropologia ou história? Origens e tendências de um debate epistemológico. Tessituras, Pelotas, v. 2, n. 1, p. 10-39, jan./jun. 2014.

Texto 2.1: TRIGGER, Bruce. História do Pensamento Arqueológico. São Paulo: Editora Odysseus, 2004. Cap. 10: 365-406.

 

Aula 3 – 20 de março
Cultura Material e significados– perspectivas teóricas

Texto 3 LIMA, T. 2011 Cultura material: a dimensão concreta das relações sociais. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi, v.6, n.1: 11-24
Texto 3.1 SILVA, F. A. As Tecnologias e seus significados. In: Revista Canindé, nº 2. Xingó, Ed. MAX-UFS, 2002.

Aula 4 – 27 de março
Visita a exposição de arqueologia do MARQUE
Texto 4. NEVES, EDUARDO GOES. Os índios antes de Cabral: arqueologia e história indígena no Brasil. In Silva, Aracy Lopes e Grupioni, Donizete. Temática Indígena na escola. MEC/MARI/UNESCO, São Paulo: Brasília, 2000:171-196.

Aula 5 – 03 de abril
Cultura material em contexto

AULA PRÁTICA

• O que é sítio arqueológico?
• Formação do Registro Arqueológico: aspectos culturais e naturais
• Metodologia – Trabalho do arqueólogo: entre campo e laboratório

Texto 5 RENFREW, C.; BAHN, P. Arqueología: teoria, métodos y practica. Madrid: Akal, 1998. – Capitulo 2 e capítulo 3
Texto 5.1 BINFORD, Lewis. Em busca do passado. Publicações europa-america, 1983: Capítulo VII: Gente no espaço em que vive. Pp.179-238.
Aula 6 – 10 de abril FERIADO

Atividade não presencial: pesquisa de texto de divulgação ou documentário, filme, programa tv, ou outros materiais de divulgação que tratem da temáticaarqueológica ( “o arqueólogo”, “sítios arqueológicos” ou “vestígios   arqueológicos” – por exemplo) e elaborar resenha crítica com base nesse material, analisando-o com base nas leituras da disciplina e nos debates em sala de aula.

Aula 7 – 17 de abril

ENTREGA DE RESENHA CRÍTICA ATÉ O DIA 17/ABRIL

Arqueologia no Brasil
Texto 7 BARRETO, C. 1999/2000, A construção de um passado pré-colonial: uma breve história da Arqueologia no Brasil. Revista USP, n.44: 32-51.
Texto 7.2 RIBEIRO, L. Crítica feminista, arqueologia e descolonialidade: sobre resistir na ciência. Revista de Arqueologia, v.30, nº. 1, 2017, p.210-234.

 

Aula 8 – 24 de abril – Arqueologia e Sociedade
Regulamentação da profissão, Patrimônio Arqueológico e o Público
Texto 10 ALMEIDA, M. B. 2003. O publico e o patrimônio arqueológico: reflexões para a arqueologia pública no Brasil. Habitus, v. 1, n. 2.
Leitura Complementar
Texto 10.1 BEZERRA, M. 2008 Bicho de nove cabeças: os cursos de graduação e a formação dos arqueólogos no Brasil. Revista de Arqueologia 21(2)139- 154.
Aula 9 – 01 de maio FERIADO
Aula 10 – 08 de maio

Assistir documentário sobre arqueologia e relacionar com as discussões
feitas em sala sobre cultura material, sítios arqueológicos e métodos de
trabalho, incluindo autores lidos na disciplina.

MESA-REDONDA

Aula 11 – 15 de maio – Arqueologia e Sociedade
Arqueologia em Terra Indígena
Texto 11 Silva, F. O Passado no Presente: narrativas arqueológicas e narrativas indígenas.

Texto 11.1 Machado, J. 2017 Arqueologias Indígenas, os Laklaño Xokleng e os objetos do pensar. Revista de Arqueologia, v.30(1):89-119.
Aula 12 – 22 de maio – Arqueologia e Sociedade
Musealização da Arqueologia
Texto 13 WICHERS, C. 2013/2014 Dois enquadramentos, um mesmo problema: os desafios da relação entre Museus, Sociedade e Patrimônio Arqueológico. Revista de Arqueologia 26/27

Texto 13.1 BRUNO, C. 2013/2014 Musealização da Arqueologia: caminhos percorridos. Revista de Arqueologia 26/27

Aula 13 – 29 de maio – Arqueologia e Sociedade

  • Pesquisa prévia na internet sobre como a arqueologia é veiculada para o
    grande público –apresentação de trabalho sobre o tema pesquisado junto textos
    das aulas e debates prévios.

Apresentação de trabalhos em sala

Aula 14 – 05 de junho – Arqueologia e Sociedade
Arqueologia preventiva, contratos e empreendimentos
Texto 12 GNNECO, C. E DIAS, A. 2015 Sobre a arqueologia de contrato. Revista de Arqueologia v.28 (2):03-19
Texto 12.1 RIBEIRO, L. 2015 Empreendimentos econômicos, violações de direitos humanos e o silêncio da Arqueologia no Brasil. Revista de Arqueologia, v.28(2):172-186.
Aula 15 – 12 de junho FERIADO

Aula 16 – 19 de junho – Arqueologia e Sociedade
Extroversão do conhecimento em Arqueologia – livros, audiovisuais, exposições
Texto 16 GILBERTONI, C. 2013/2014 Socialização da pesquisa arqueológica: uma questão interdisciplinar.Revista de arqueologia 26/27.
Texto 16. 1 CARVALHO, A. V. ; SILVA, B. S. R. . Arqueologia e socialização do conhecimento: Indiana Jones, mostre-nos o que sabe. CIÊNCIA E CULTURA, v. 65, p. 45-48, 2013.
Aula 17 – 26 de junho

Prova dissertativa

Aula 18 – 02 de julho

recuperação

 

BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, M. 2002 O Australopiteco Corcunda. As crianças e a arqueologia em um projeto de Arqueologia Pública nas escolas. Tese de Doutorado, Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.Cap.1: 9-51.
ALMEIDA, M. B. 2003. O publico e o patrimônio arqueológico: reflexões para a arqueologia pública no Brasil. Habitus, v. 1, n. 2.
BARRETO, C. 1999/2000, A construção de um passado pré-colonial: uma breve história da Arqueologia no Brasil. Revista USP, n.44: 32-51.
BEZERRA, M. 2008 Bicho de nove cabeças: os cursos de graduação e a formação dos arqueólogos no Brasil. Revista de Arqueologia 21(2)139- 154.
BINFORD, Lewis. Em busca do passado. Publicações europa-america, 1983: Capítulo VII: Gente no espaço em que vive. Pp.179-238.
BRUNO, C. 2013/2014 Musealização da Arqueologia: caminhos percorridos. Revista de Arqueologia 26/27
CARNEIRO, Carla Gibertoni. Ações educativas no contexto da arqueologia preventiva: uma proposta para a Amazônia. 2009. 306 p. Tese (Doutorado em Arqueologia) – Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.
CARVALHO, A. V. ; SILVA, B. S. R. . Arqueologia e socialização do conhecimento: Indiana Jones, mostre-nos o que sabe. CIÊNCIA E CULTURA, v. 65, p. 45-48, 2013.
GILBERTONI, C. 2013/2014 Socialização da pesquisa arqueológica: uma questão interdisciplinar.Revista de arqueologia 26/27.
GNNECO, C. E DIAS, A. 2015 Sobre a arqueologia de contrato. Revista de Arqueologia v.28 (2):03-19
LIMA, T. 2011 Cultura material: a dimensão concreta das relações sociais. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi, v.6, n.1: 11-24
MACHADO, J. 2017 Arqueologias Indígenas, os Laklaño Xokleng e os objetos do pensar. Revista de Arqueologia, v.30(1):89-119.
NEVES, EDUARDO GOES. Os índios antes de Cabral: arqueologia e história indígena no Brasil. In Silva, Aracy Lopes e Grupioni, Donizete. Temática Indígena na escola. MEC/MARI/UNESCO, São Paulo: Brasília, 2000:171- 196.
RENFREW, C.; BAHN, P. Arqueología: teoria, métodos y practica. Madrid: Akal, 1998. – Capitulo 2 e capítulo 3
RIBEIRO, L. 2015 Empreendimentos econômicos, violações de direitos humanos e o silêncio da Arqueologia no Brasil. Revista de Arqueologia, v.28(2):172-186.
RIBEIRO, L. Crítica feminista, arqueologia e descolonialidade: sobre resistir na ciência. Revista de Arqueologia, v.30, nº. 1, 2017, p.210-234.
SILVA, F. A. As Tecnologias e seus significados. In: Revista Canindé, nº 2. Xingó, Ed. MAX-UFS, 2002.
SILVA, F. O Passado no Presente: narrativas arqueológicas e narrativas indígenas.
SYMANSKI, Luís Cláudio Pereira. Arqueologia – antropologia ou história? Origens e tendências de um debate epistemológico. Tessituras, Pelotas, v. 2, n. 1, p. 10-39, jan./jun. 2014.
TRIGGER, Bruce. História do Pensamento Arqueológico. São Paulo: Editora Odysseus, 2004. Cap. 10: 365-406.
WICHERS, C. 2013/2014 Dois enquadramentos, um mesmo problema: os desafios da relação entre Museus, Sociedade e Patrimônio Arqueológico. Revista de Arqueologia 26/27