Entre 21 e 25 de agosto de 2017 será realizado o II Simpósio Internacional Discutindo o Povoamento: cenários e processos das primeiras ocupações humanas da América do Sul, na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém (PA). O evento é coordenado pelos professores Dr. Claide de Paula Moraes (UFOPA) e Dr. Lucas Bueno (UFSC), sendo promovido pelo Programa de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (PAA/UFOPA). Clique aqui e acesse o site do evento.

Entre 30 de julho e 04 de agosto de 2017 foram realizados na UFSC os eventos 13º Congresso Mundo de Mulheres e Fazendo Gênero 11. O LEIA se fez presente através do simpósio “Escavando gênero: as mulheres e suas produções na história indígena“, organizado pela Dra. Juliana Machado em conjunto com a Dra. Luisa Tombini Witmann e contando com Joziléia Daniza Jagso Kaingang e Walderes Coctá Pripra enquanto debatedoras. Abaixo o resumo do simpósio temático.

Escavando gênero: as mulheres e suas produções na história indígena

Coordenadoras: Juliana Salles Machado Bueno (Universidade Federal de Santa Catarina), Luisa Tombini Wittmann (Universidade do Estado de Santa Catarina)

Resumo: O intuito deste simpósio é refletir sobre o papel das mulheres na história indígena a partir de múltiplas perspectivas. Busca-se aqui uma interface de diálogo entre historiadoras, arqueólogas, antropólogas e representantes indígenas numa tentativa conjunta de compreender o papel e a representação da mulher nas várias formas de construção e difusão da história indígena. Gostariamos de propor uma reflexão sobre a invisibilidade da mulher nas narrativas históricas, pré-coloniais, coloniais e do tempo presente, em contraposição à sua presença constante nos mitos e sua importância nas formas de organização, liderança e representação social indígena desde a conquista européia até os dias de hoje. Cabe aqui também abordarmos a produção das mulheres como pesquisadoras e cientistas neste âmbito, a orientação de nossos próprios problemas de pesquisa, nossas trajetórias e dificuldades dentro do meio acadêmico e profissional. Já entre os temas de pesquisa abordados, ainda que este quadro esteja mudando no contexto mais recente, ainda são muito poucos os trabalhos que se voltam à temática da mulher indígena no passado. Este simpósio é também um espaço para compartilhar resultados de pesquisas sobre o tema da mulher indígena no passado e no tempo presente. É apenas com um maior número e maior diversidade de formas de olhares sobre as mulheres, com uma crescente reflexão sobre a nossas atuações como pesquisadoras e cientistas e sobre os desafios metodológicos que temos que superar para atingir tais abordagens, que conseguiremos construir um quadro mais simétrico sobre o passado e o presente ameríndio e sobre o nosso papel enquanto profissionais que atuam na construção de uma história indígena.

Neste simpósio, a Dra. Juliana Machado apresentou a comunicação Mulheres fazendo história: sobre gênero, construção do conhecimento e biografias.

Participantes do Simpósio Escavando gênero: as mulheres e suas produções na história indígena

Além disso, a Dra. Juliana Machado colaborou com a organização da participação das Mulheres Indígenas no Fazendo Gênero (Exposição, Performances e Fóruns de Debate). Confira abaixo o cartaz com a programação destas atividades, além de imagens da Marcha das Mulheres por Direitos.

Marcha das Mulheres por Direitos. Fonte: Portal Catarinas.

Desde o ano passado, pesquisadores do LEIA tem recebido bolsas para estudos parciais ou integrais no exterior ampliando as parcerias e possibilidades de pesquisa. É o caso de:

• Fernando Silva de Almeida, doutorando em História no PPGH/UFSC, que recebeu bolsa sanduíche para estudar no Musée de l’Homme em Paris/França, entre novembro de 2016 e maio de 2017, via projeto CAPES/COFECUB;
• Juliana Betarello Ramalho, doutoranda em História no PPGH/UFSC, que irá estudar em período sanduíche no Musée de l’Homme em Paris/França, a partir de novembro de 2017, via projeto CAPES/COFECUB;
• Gabriela Oppitz, que irá realizar doutorado integral no Archaeology Center da Stanford University a partir de setembro de 2017.

No evento V Semana Internacional de Arqueologia dos discentes do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, realizado entre 8 e 12 de maio de 2017, na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, a estudante de graduação em História (UFSC) Victória Pozzebon Scabora, contando com coautoria da Dra. Juliana Machado, recebeu um reconhecimento de destaque pela apresentação de melhor poster. Confira abaixo o resumo e clique aqui para ver o poster.

Mulher Indígena: histórias de vida e saber-fazer

Esta pesquisa tem como objetivo um estudo etnoarqueológico sobre o saber-fazer das mulheres indígenas da região sul do Brasil. Trata-se de uma análise sobre seus papéis históricos e contemporâneos a partir de depoimentos, repertórios materiais e fontes etnográficas, incluindo as populações Laklãnõ Xokleng, Guarani e Kaingang do Estado de Santa Catarina. Este projeto será realizado em três etapas: a análise de etnografias que enfoquem questões de Gênero em populações ameríndias; a realização de entrevistas com mulheres indígenas, incluindo interlocutoras acadêmicas e moradoras das TI’s próximas a Florianópolis; e a análise tecnológica de elementos da produção material pré-colonial e contemporânea.

1) Larissa Rodrigues

Favor encaminhar a documentação solicitada por email o mais breve possível.

Divulgadas as notas finais da disciplina Introdução à arqueologia ministrada pelo prof. Lucas Bueno no semestre 2017.1. Acesse aqui.

Dia 07/07, 16h, no miniauditório do CFH, a prof. Dra. Juliana Salles Machado irá proferir a palestra Arqueologias possíveis: sobre as paisagens ameríndias em movimento e a decolonidade na construção do conhecimento no âmbito dos Seminários Histórias Possíveis, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em História (UFSC).

Participe!

Entre os dias 29 de maio e 02 de junho de 2017, pesquisadores do LEIA realizarão dois minicursos e uma mesa-redonda no âmbito do Workshop em estudos líticos: Materiais, superfícies e movimentos. Todas as atividades serão no Auditório do Museu de Arqueologia e Etnologia (MARquE) da UFSC. Abaixo informações sobre cada atividade:

• Minicurso – Estudos atuais de artefatos de abrasão e/ou picoteamento. Dra. Alejandra Matarrese. Dias 29 e 30/05, entre 8h e 18h. 25 vagas. Detalhes sobre o minicurso aqui.

• Minicurso – Geoarqueologia das matérias e substâncias minerais. Dr. Laércio Brochier. Dias 31/05 e 01/06, entre 8h e 18h. 25 vagas. Detalhes sobre o minicurso aqui.

• Mesa-redonda – Líticos, territórios e movimentos. Dr. Lucas Bueno, Dra. Juliana Machado, Dr. Alejandra Matarrese, Dr. Laércio Brochier. Dia 02/06, 14h.

Acesse a programação completa aqui.

Semana Acadêmica de História da UFSC através do PET História UFSC anunciou os ST aprovados para comunicações orais. Segue abaixo detalhes sobre o Simpósio Temático História(s) Indígena(s) e Arqueologia(s)

História(s) Indígena(s) e Arqueologia(s)

O Simpósio Temático História(s) Indígena(s) e Arqueologia(s) tem como perspectiva propor um espaço de diálogos interdisciplinares, abrindo espaço para produções acadêmicas que tratem de diferentes métodos, contextos e temporalidades. O conjunto de abordagens propostas pelo simpósio se desdobra em temas tais como memória, representações, formas de interação, tecnologia, território, dinâmica de ocupação, diversidade sociocultural, cotidiano, cultura material, tradição oral/escrita, educação indígena, educação escolar indígena e formação intelectual, como também obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígena na educação básica e superior. A integração dessas diferentes abordagens tem o intuito de refletir criticamente sobre o caráter histórico e continuo das populações indígenas, observando o protagonismo indígena. Dessa forma, o objetivo do simpósio temático é também dar visibilidade para temáticas que envolvam história indígena e arqueologia, tendo em vista as lacunas deixadas pela historiografia oficial e no desenvolvimento da arqueologia enquanto disciplina do Brasil, a partir de abordagens que negaram aos indígenas sua posição enquanto sujeitos históricos.

Palavras-chave: História Indígena, Arqueologia e Interdisciplinaridade

Juliana Betarello Ramalho. Arqueologia, Cultura Material, Território e Tecnologia; doutoranda-PPGH.

Marcelo Gonzalez Brasil Fagundes. Povos indígenas, Política Indigenista, doutorando-PPGH.

Roseline Mezacasa. Histórias Indígenas em Rondônia, doutoranda-PPGH.

Ricardo de Oliveira. Protagonismo Indígena; Escravidão Indígena; mestrando-PPGH.

Cristiano Durat. Liderança indígena, Educação Indígena, doutorando-PPGH.

A Semana Acadêmica ocorrerá entre os dias 02 e 5 de maio, (sendo as apresentações dos STs nos dias 4 e 5 de maio).
As inscrições devem ser efetuadas através dos emails

juliana.betarello@gmail.com
marcelogbrasil@gmail.com
roselinemezacasa@hotmail.com
cristianodurat@hotmail.com

Foi publicada na Revista da FAPEU (Fundação de Amparo à Pesquisa e à Extensão Universitária),  Vol. 9, Número 9, Ano IX, 2016, uma reportagem sobre o Projeto Florianópolis Arqueológica, desenvolvido pela equipe do LEIA entre 2012 e 2015 com financiamento do IPHAN/SC e do CNPq e apoio da FAPEU e do MARquE (Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC). Confira edição da revista na íntegra aqui. Abaixo reprodução da reportagem citada.