LEIA no 13º Mundo de Mulheres e Fazendo Gênero 11

08/08/2017 21:06

Entre 30 de julho e 04 de agosto de 2017 foram realizados na UFSC os eventos 13º Congresso Mundo de Mulheres e Fazendo Gênero 11. O LEIA se fez presente através do simpósio “Escavando gênero: as mulheres e suas produções na história indígena“, organizado pela Dra. Juliana Machado em conjunto com a Dra. Luisa Tombini Witmann e contando com Joziléia Daniza Jagso Kaingang e Walderes Coctá Pripra enquanto debatedoras. Abaixo o resumo do simpósio temático.

Escavando gênero: as mulheres e suas produções na história indígena

Coordenadoras: Juliana Salles Machado Bueno (Universidade Federal de Santa Catarina), Luisa Tombini Wittmann (Universidade do Estado de Santa Catarina)

Resumo: O intuito deste simpósio é refletir sobre o papel das mulheres na história indígena a partir de múltiplas perspectivas. Busca-se aqui uma interface de diálogo entre historiadoras, arqueólogas, antropólogas e representantes indígenas numa tentativa conjunta de compreender o papel e a representação da mulher nas várias formas de construção e difusão da história indígena. Gostariamos de propor uma reflexão sobre a invisibilidade da mulher nas narrativas históricas, pré-coloniais, coloniais e do tempo presente, em contraposição à sua presença constante nos mitos e sua importância nas formas de organização, liderança e representação social indígena desde a conquista européia até os dias de hoje. Cabe aqui também abordarmos a produção das mulheres como pesquisadoras e cientistas neste âmbito, a orientação de nossos próprios problemas de pesquisa, nossas trajetórias e dificuldades dentro do meio acadêmico e profissional. Já entre os temas de pesquisa abordados, ainda que este quadro esteja mudando no contexto mais recente, ainda são muito poucos os trabalhos que se voltam à temática da mulher indígena no passado. Este simpósio é também um espaço para compartilhar resultados de pesquisas sobre o tema da mulher indígena no passado e no tempo presente. É apenas com um maior número e maior diversidade de formas de olhares sobre as mulheres, com uma crescente reflexão sobre a nossas atuações como pesquisadoras e cientistas e sobre os desafios metodológicos que temos que superar para atingir tais abordagens, que conseguiremos construir um quadro mais simétrico sobre o passado e o presente ameríndio e sobre o nosso papel enquanto profissionais que atuam na construção de uma história indígena.

Neste simpósio, a Dra. Juliana Machado apresentou a comunicação Mulheres fazendo história: sobre gênero, construção do conhecimento e biografias.

Participantes do Simpósio Escavando gênero: as mulheres e suas produções na história indígena

Além disso, a Dra. Juliana Machado colaborou com a organização da participação das Mulheres Indígenas no Fazendo Gênero (Exposição, Performances e Fóruns de Debate). Confira abaixo o cartaz com a programação destas atividades, além de imagens da Marcha das Mulheres por Direitos.

Marcha das Mulheres por Direitos. Fonte: Portal Catarinas.

 

Marcha Mundos de Mulheres por Direitos

A Marcha Internacional Mundos De Mulheres Por Direitos reuniu cerca de 10 mil pessoas, em 02 de agosto nas ruas centrais de Florianópolis. A passeata, que integrou a programação do Seminário Internacional Fazendo Gênero e Congresso Mundos de Mulheres, consagrou o diálogo com os movimentos sociais.#fg11#wwc2017#mm13#somosmuitas

Publicado por Catarinas em Quinta-feira, 10 de agosto de 2017

LEIA sem fronteiras!

08/08/2017 11:40

Desde o ano passado, pesquisadores do LEIA tem recebido bolsas para estudos parciais ou integrais no exterior ampliando as parcerias e possibilidades de pesquisa. É o caso de:

Reportagem sobre o projeto Florianópolis Arqueológica publicada na Revista FAPEU

09/04/2017 11:05

Foi publicada na Revista da FAPEU (Fundação de Amparo à Pesquisa e à Extensão Universitária),  Vol. 9, Número 9, Ano IX, 2016, uma reportagem sobre o Projeto Florianópolis Arqueológica, desenvolvido pela equipe do LEIA entre 2012 e 2015 com financiamento do IPHAN/SC e do CNPq e apoio da FAPEU e do MARquE (Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC). Confira edição da revista na íntegra aqui. Abaixo reprodução da reportagem citada.

Pesquisa em parceria com a UFSC é publicada em periódico internacional de Arqueologia

09/04/2017 10:43

Uma pesquisa realizada no Laboratório de Materiais do Ateliê de Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis (Atecor) da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) foi publicada no Journal of Archaeological Science, revista internacional que é referência no campo da Arqueologia. O estudo relata a análise química de artefatos cerâmicos arqueológicos encontrados em uma escavação por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na cidade de Alfredo Wagner, interior de Santa Catarina. 

O trabalho foi feito em conjunto entre o Atecor, o Laboratório de Estudos Interdisciplinares em Arqueologia da UFSC, o Laboratório de Materiais Inorgânicos do Departamento de Química da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP). A partir das análises químicas pode-se atribuir a temperatura de queima no processo de manufatura destes artefatos. Ainda neste mesmo estudo encontrou-se um marcador inorgânico que pode indicar que a matéria-prima foi coletada em alguma região litorânea. “Isto pode estar associado com a migração desta peça para a Serra ou a coleta da matéria prima de um local próximo ao mar”, explica o químico do Atecor, Thiago Guimarães Costa, que participou do estudo.

Os fragmentos cerâmicos consistem em uma das fontes que podem oferecer informações acerca dos conceitos contemporâneos de cultura e modo de vida de grupos humanos antepassados ressaltando suas tecnologias, identidades culturais, forma de organização social, habitação ou economia do passado aos arqueólogos. Por meio de métodos científicos de análise torna-se possível inferir o processo de produção dos vasilhames cerâmicos, bem como as especificidades dos materiais utilizados.

Assim a caracterização por métodos químicos é fundamental para o entendimento da cultura dos antepassados. No caso dos artefatos encontrados em Alfredo Wagner, esta pesquisa foi um avanço que resultou na descoberta de como os povos de tradição Taquara/Itararé (ocupações pretéritas desenvolvidas por grupos falantes de língua da família Jê. No sul do Brasil, em geral, estes grupos consistem nos ancestrais dos povos indígenas Kaingáng e Xokleng) manufaturavam seus artefatos cerâmicos e um marcador químico foi encontrado em uma das amostras, que mostra que o possível local de retirada da argila foi o litoral.

 

Manuella Mariani/Estagiária de Jornalismo/Agecom/UFSC

LEIA na rua!

24/05/2016 16:35

Dia 23/05, a equipe do LEIA foi pra rua em conjunto com o pessoal do IPHAN/SC! Organizamos e ministramos uma oficina de arqueologia no Largo da Alfândega, centro de Florianópolis, em frente ao prédio ocupado pelos trabalhadores e trabalhadoras da cultura, a fim de reforçar a importância de termos um Ministério da Cultura, bem como a necessidade de fortalecer e ampliar as políticas públicas nesse sentido. Somos contrários ao fim do MinC, ato descabido – e já revisto – pelo presidente interino. Abaixo o panfleto que distribuímos para a população.

Sobre atividades de ensino de Arqueologia no âmbito da UHE de Belo Monte (PA)

24/06/2015 11:21

“Prezados docentes e pesquisadores em Arqueologia,

Manifestamos nosso posicionamento sobre a proposta de uma empresa de consultoria em realizar um sítio escola de arqueologia na área afetada pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Confira o texto POSICIONAMENTO SOBRE SÍTIO ESCOLA EM BELO MONTE).

Se quiserem expressar apoio a esta carta, solicitamos que enviem seus nomes e vínculos instituicionais ao email protestobm@gmail.com até as 12:00 de quarta-feira, 24/04/2015.

Pedimos encarecidamente que repassem essa informação adiante para que possamos atingir o maior número de pessoas.

Agradecemos a atenção”.

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