28º SIC – Arqueologia entre os Laklãnõ Xokleng: estudos sobre o território e memórias

23/08/2018 11:26

Larissa Silveira Rodrigues, bolsista de iniciação científica do LEIA, editou um vídeo a respeito da sua pesquisa para ser apresentado no 28º Seminário de Iniciação Científica. Confira abaixo o resumo e o vídeo.

 

Arqueologia entre os Laklãnõ Xokleng: estudos sobre o território e memórias

Resumo: A pesquisa tem como objetivo relacionar os territórios ocupados pelos Jê do Sul com artefatos arqueológicos, como cerâmica e lítico, produzidos por esses povos. A partir das problemáticas levantadas, buscar compreender a configuração dos povos estudados e seus costumes. O sítio Barra d’Anta, localizado em José Boiteaux, Santa Catarina, foi encontrado em julho de 2017 pela equipe do LEIA/UFSC. Foi realizada uma coleta de superfície, onde mais de 400 peças foram recolhidas. Levado ao laboratório, todas as peças foram lavadas com água para serem triadas e receberem um número de proveniência cada. Após isso, as peças serão analisadas individualmente. A problemática levantada se refere à produção desse material. Por não haver presença de cerâmica no sítio arqueológico, surgiu a hipótese de que as peças foram produzidas por caçadores-coletores, populações que habitam o território brasileiro há mais de 15 mil anos. No entanto, essa hipótese não possui dados suficientes para comprová-la, necessitando de mais pesquisas futuras. O sítio arqueológico Rio Platê também foi estudado, sendo uma coleção de domínio do MArque/UFSC. As peças de cerâmica dessa coleção já estavam divididas entre base, parede e borda, porém somente as bordas foram analisadas. Para tal análise foi utilizada uma ficha com 17 atribuições. No geral, as 10 bordas estudadas apresentavam muitas semelhanças tecnológicas entre si, possuindo uma tonalidade acinzentada e espessura consideravelmente fina.

Palavras-chave: arqueologia, Jê, indígena, território

28º SIC – “No tempo do mato”: uma etnoarqueologia da territorialidade

21/08/2018 16:18

Bianca Costi Farias, bolsista de iniciação científica do LEIA, editou um vídeo a respeito da sua pesquisa para ser apresentado no 28º Seminário de Iniciação Científica. Confira abaixo o resumo e o vídeo.

 

“No tempo do mato”: uma etnoarqueologia da territorialidade”

Resumo: A presente pesquisa visou o estudo de artefatos cerâmicos de origem Guarani encontrados no sítio arqueológico Encantada (SC-PEST-07), no Parque Estadual Serra do Tabuleiro. Esta análise buscou compreender a tecnologia empregada e as escolhas da cadeia operatória realizadas ao longo dos processos de produção, uso e descarte dos vestígios cerâmicos. As peculiaridades encontradas nas peças da coleção, como os roletes bem visíveis, a presença de grãos minerais grandes e evidentes e o padrão de quebra diferenciado levaram a demanda por um estudo a partir da perspectiva tecnológica. Além disso, devido ao fato de o sítio localizar-se em uma duna, ambiente diferenciado que se destaca do entorno, foram analisadas as suas possíveis influências nas técnicas empregadas na cerâmica, investigando as relações entre este meio e a produção dos artefatos. Foi objetivado, portanto, o estudo destas possibilidades de relação entre a duna e a cerâmica, dialogando-se com o conceito de territorialidade. Este diz respeito ao relacionamento entre os povos indígenas e o território em que vivem, e que influencia em sua visão de mundo e produção de conhecimento – e, portanto, na confecção dos artefatos cerâmicos. Através do levantamento bibliográfico a respeito da ocupação Guarani no sul do Brasil e no litoral catarinense, bem como da análise quantitativa e qualitativa dos vestígios cerâmicos e da realização da remontagem dos fragmentos com encaixe, foram obtidos alguns resultados. Percebendo-se a presença de grandes grãos minerais nas cerâmicas analisadas, foi possível deduzir que a duna teve sim uma influência na produção dos artefatos, o que pode ter resultado em algumas das falhas tecnológicas encontradas. Além disso, a análise indicou que a região de Gamboa consistiu em um território de ocupação permanente pelos indígenas Guarani, o que pode-se perceber através da grande dimensão dos vasilhames e da alta quantidade de fragmentos com encaixe.

Palavras-chave: territorialidade, etnoarqueologia, Guarani, história indígena, cerâmica.

 

28º SIC – Arqueologia do povoamento inicial do leste da América do Sul

20/08/2018 13:12

Francisco Abrahão Gonzaga, bolsista de iniciação científica do LEIA, editou um vídeo a respeito da sua pesquisa para ser apresentado no 28º Seminário de Iniciação Científica. Confira abaixo o resumo e o vídeo.

 

Arqueologia do povoamento inicial do leste da América do Sul:

contribuições de estudos de tecnologia lítica

Resumo: Este projeto está relacionado a discussões mais amplas sobre povoamento da América. No que se refere ao processo de povoamento do leste da América do Sul, especialmente às terras baixas sul-americanas, uma das hipóteses discutidas recentemente é de que a primeira etapa de povoamento tenha favorecido os vales de grandes rios. No caso do sul do Brasil esta etapa envolveu, possivelmente, um deslocamento pelos rios que compõem a bacia do rio da Prata. Os sítios arqueológicos no sul do Brasil associados a estes momentos apresentam como elemento marcador a presença de um conjunto específico de vestígio, denominado pontas de projétil fabricadas em pedra. Durante esta IC procuramos contribuir para essa discussão através da análise inicial de um conjunto de vestígios líticos oriundos da escavação de um sítio arqueológico localizado no Município de Alfredo Wagner, SC. O sítio Chapadão Paulo Saturno foi escavado pela equipe do LEIA em julho de 2017. A amostra gerada através das intervenções realizadas neste sítio foi processada e começou a ser analisada no âmbito desta bolsa de IC. Procedemos a curadoria das peças, com lavagem e numeração de todos os vestígios líticos maiores do que 2cm. Realizamos uma análise inicial voltada para identificação das matérias primas, das categorias básicas de vestígio e separação dos artefatos. A quantidade, as características tecnológicas e a diversidade de vestígios identificados nos permite levantar a hipótese de que este sítio corresponde a um local de produção de pontas de projétil. Apesar das análises ainda preliminares os artefatos apresentam semelhanças do ponto de vista tecnológico com outros contextos do sul do Brasil para o qual dispomos de datas bastante recuadas, com cerca de 8.000 e 9.000 anos AP. O fato do sítio apresentar vestígios enterrados a quase 1m de profundidade reforça essa possibilidade de associação com contextos antigos.

Palavras-chave: Arqueologia; Pré-história; Arqueologia brasileira; Indústria lítica

Regulamentação da profissão de Arqueóloga/o no Brasil

19/04/2018 15:44

NOTA PÚBLICA DA SOCIEDADE DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA SOBRE A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE ARQUEÓLOGA/O NOBRASIL

 LEI N. 13.653, DE 18 DE ABRIL DE 2018, Dispõe sobre a regulamentação da profissão de arqueóloga/o e dá outras providências

 

A Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, ainda transbordando de felicidade, comunica que na data de hoje, 19 de abril de 2018, Dia do Índio, foi publicada no Diário Oficial da União n. 75, Seção I, p.2-3, a Lei n. 13.653, de 18 de abril de 2018, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de arqueóloga/o e dá outras providências, acessível pelo link http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=515&pagina=2&data=19/04/2018. A publicação desta Lei resulta da sanção, por parte da Presidência da República, do Projeto de Lei n. 1.119/2015, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), cuja tramitação total está acessível pelo link http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=1203163.

Foram feitos vetos parciais e totais a alguns artigos do Projeto de Lei n. 1.119/2015, sob diversas justificativas legais, conforme consta nos Despachos do Presidente da República, publicados no mesmo número do Diário Oficial da União n. 75, Seção I, p.7, acessível pelo link http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=515&pagina=7&data=19/04/2018.

Esta é uma antiga aspiração da comunidade e uma conquista coletiva de gerações de arqueólogas/os que juntas ousaram sonhar para que este projeto se tornasse realidade. Nesta caminhada de pelo menos três décadas, desde a primeira vez que uma proposta de Projeto de Lei foi encaminhada ao Congresso Nacional, entre idas e vindas, expectativas e frustações, contamos com o apoio de outras tantas pessoas e instituições (associações científicas e profissionais de áreas afins, Instituições de Ensino Superior, IPHAN, Ministério Público Federal, museus, parlamentares etc.). A todas elas rendemos aqui a devida homenagem e assinalamos nossos sinceros agradecimentos. Também registramos nossa gratidão às/aos colegas que estiveram conosco nesta luta, mas que lamentavelmente partiram e não estão mais fisicamente entre nós. Sozinhas/os, temos a certeza disso, seria muitíssimo mais difícil e não teríamos conseguido chegar até aqui!

Neste momento de alegria e comemoração, importa ainda dizer que gestão após gestão da SAB, ininterruptamente, não foram medidos esforços para que este pleito chegasse ao Congresso Nacional e ganhasse o apoio de parlamentares das mais diversas legendas partidárias. Ao longo das últimas décadas, foram muitas viagens à Brasília, centenas de mensagens trocadas, dezenas de correspondências enviadas, seguidas postagens nas redes sociais, discussões durante longas reuniões, articulações com assessorias de deputadas/os federais e senadoras/es, caravanas de estudantes e docentes rumo à Capital Federal, ligações e mais ligações telefônicas etc., para que, finalmente, um Projeto de Lei chegasse à Casa Civil da Presidência da República. As expectativas eram grandes e precisamente do tamanho da disposição de seguirmos em frente, sempre a trilhar pelo caminho da ética, seriedade, transparência e compromisso com a democracia. Assim, o Projeto de Lei n. 1.119/2015 finalmente chegou àquela instância e foi devidamente sancionado.

A publicação da Lei n. 13.653 nesta quinta-feira, 19 de abril de 2018, no Diário Oficial da União, está repleta de simbolismos, desafios e positivas conotações políticas. Ocorre que hoje é o Dia do Índio, data comemorativa oficializada no país em 1943, e devemos aos povos originários uma parte significativa do patrimônio arqueológico com o qual trabalhamos. Esta é uma parte da herança cultural de muitas gerações de indígenas, cujos antepassados mais antigos aqui chegaram há milhares de anos. Mais ainda, deles temos um incomensurável exemplo de resiliência e a eles prestamos aqui nossa respeitosa homenagem, juntamente com a ratificação do compromisso com a defesa dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito.

Para finalizar esta mensagem, desejamos uma vida longuíssima aos povos indígenas e um futuro ainda mais brilhante à arqueologia brasileira.

Juntas e juntos somos mais fortes porque a SAB somos todas e todos nós!

Viva a arqueologia brasileira! Viva o Dia do Índio!

Brasil, 19 de abril de 2018.

Jorge Eremites de Oliveira

Presidente da SAB

Juliana Salles Machado

Vice-Presidente da SAB

Novidades para 2018!

05/02/2018 20:50

Início de 2018 e temos duas ótimas novidades:

– A profa. Dra. Juliana Salles Machado assumiu a vice-presidência da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) como integrante da chapa Arqueologia em/no movimento para a gestão 2018-2019;

– O LEIA está estabelecendo parcerias para oferecer um sítio escola como curso de extensão em julho deste ano. Em breve divulgaremos mais informações.

Dossiê do Simpósio “Arqueologia dos Povos Jê no Sul e Sudeste do Brasil”

25/08/2017 10:55

Foi publicado o dossiê que resulta do Simpósio “Arqueologia dos Povos Jê no Sul e Sudeste do Brasil”, realizado entre 9 e 11 de setembro de 2014, na Universidade de São Paulo, promovido pelo Laboratório de Arqueologia da Paisagem e Geoarqueologia (LAPGEO/MAE-USP)– coordenado pela Profª Drª Marisa Coutinho Afonso – e pelo Laboratório de Estudos Interdisciplinares sobre Tecnologia e Território (LINTT/MAE-USP) – coordenado pela Profª Drª Fabíola Andréa Silva. O dossiê conta com um texto da prof.ª Dra. Juliana Salles Machado: Caminhos e Paradas. Perspectivas sobre o território Laklãnõ (Xokleng).

 

Lançamento do livro MAArE

24/08/2017 21:33

Dia 23 de agosto de 2017, em cerimônia realizada no Centro Integrado de Cultura em Florianópolis, aconteceu o lançamento do livro MAArE: Monitoramento Ambiental da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Entorno. A obra foi organizada pelos pesquisadores Bárbara Segal, Andrea Santarosa Freire, Alberto Lindner, João Paulo Krajewski e Marcio Soldateli, sendo que conta com um capítulo escrito por pesquisadores do LEIA: Angela Sabrine do Nascimento Salvador, Lucas Bond Reis e Lucas Bueno. Confira o texto A ocupação da Ilha do Arvoredo e do Litoral Catarinense: uma história de longa duração.

 

LEIA contemplado no Edital Elisabete Anderle de Estímulo a Cultura (Gov. SC)

09/08/2017 16:13

O projeto Territorialidades Ameríndias no Alto Vale do Itajaí. Um olhar a partir da Arqueologia, da Ecologia e da Paleontologia submetido pela Dra. Juliana Machado foi selecionado no Edital Elisabete Anderle de Estímulo a Cultura, promovido pelo Governo do Estado de Santa Catarina. O projeto foi premiado na categoria Patrimônio Material e Imaterial, segmento Patrimônio Material Imóvel.

Além da Dra. Juliana Machado, também são coordenadores os professores: Dr. Lucas Bueno, Dr. Nivaldo Peroni (ECZ/UFSC) e Dra. Patricia Hadler (GCN/UFSC).

II Simpósio Internacional Discutindo o Povoamento: cenários e processos das primeiras ocupações humanas da América do Sul

09/08/2017 16:00

Entre 21 e 25 de agosto de 2017 será realizado o II Simpósio Internacional Discutindo o Povoamento: cenários e processos das primeiras ocupações humanas da América do Sul, na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém (PA). O evento é coordenado pelos professores Dr. Claide de Paula Moraes (UFOPA) e Dr. Lucas Bueno (UFSC), sendo promovido pelo Programa de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (PAA/UFOPA). Clique aqui e acesse o site do evento.

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