Nos dias 2 e 3 de setembro será realizado o I Simpósio de História Global da UFSC, organizado pelo Programa de pós-Graduação em História da UFSC no Auditório do bloco E-Anexo, CFH, UFSC. Segue o resumo do evento:
“Desde 2018, o Programa de pós-Graduação em História da UFSC tem como área de concentração a História Global. Definida de múltiplas maneiras – ora como campo, ora como objeto de pesquisa, ora como método – a História Global tem atraído a atenção dos pesquisadores que buscam ultrapassam as fronteiras tradicionais de suas sub-áreas. O contexto plural e multivocal do campo aponta para diversas formas de se fazer, divulgar e se apropriar das novas histórias globais, com destaque para as historiografias indianas, chinesas e latinoamericanas, ao lado das historigorafias européias e norte-americanas. Contando com pesquisadores oriundos de instituições universitárias de diferentes regiões do país e com diferentes bagagens e formações, da História Antiga à História Contemporânea, dos Estudos de Gênero à História Econômica, da Arqueologia às Relações Internacionais, o I Simpósio de História Global da UFSC visa participar desta construção coletiva de escopo planetário reforçando as “Vozes do Sul”.”
Para mais informações sobre esse evento clique aqui.
Nos dias 18 e 19 de Novembro ocorre o II Simpósio História Pública em Rede. A professora Dra. Juliana Salles Machado irá participar da mesa “Disputas pela memória e mídias digitais” no dia 18 de novembro (segunda) ás 9 horas no Anfiteatro do CFH (Bloco B).
Laboratório de Estudos Interdisciplinares em Arqueologia (LEIA) também contará com a apresentação de três pôsters que estarão no Hall do CFH (Bloco B):
– Florianópolis Arqueológica
– LEIA: Arqueologia em ação
– Fág.Tar: as narrativas delas. Redes digitais e mulheres indígenas na história
O LEIA está de sede nova! Agora nosso laboratório ganhou um novo espaço, localizado no Departamento de História, CFH, Bloco C, 2 andar, bem em frente a escada! Venha nos visitar!
“Representante do povo Laklãnõ, Walderes Coctá Priprá, considerada a primeira indígena do país com formação na área de Arqueologia, esteve na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para participar do Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira. Além de apresentar sua pesquisa, que tem como foco os locais de memória de sua etnia – a única do Brasil, localizada em Santa Catarina -, ela participou de uma roda de conversa com estudantes indígenas da UFPel.”
Recentemente, dois novos artigos foram publicados por pesquisadores do LEIA discutindo a ocupação da América, confira abaixo as referências linkadas aos textos:
No dia 07/05, o Prof. Dr. Dr. Fernando J. Fernández irá a apresentar a palestra intitulada Tafonomía y interpretaciones paleoambientales: énfasis en los conjuntos arqueofaunísticos de pequeños mamíferos de America del Sur, no auditório do CFH, bloco B (térreo), as 18h30. Essa atividade é uma realização do PPG-Geologia e do LabPaleo.
Francisco Abrahão Gonzaga, bolsista de iniciação científica do LEIA, editou um vídeo a respeito da sua pesquisa para ser apresentado no 28º Seminário de Iniciação Científica. Confira abaixo o resumo e o vídeo.
Arqueologia do povoamento inicial do leste da América do Sul:
contribuições de estudos de tecnologia lítica
Resumo: Este projeto está relacionado a discussões mais amplas sobre povoamento da América. No que se refere ao processo de povoamento do leste da América do Sul, especialmente às terras baixas sul-americanas, uma das hipóteses discutidas recentemente é de que a primeira etapa de povoamento tenha favorecido os vales de grandes rios. No caso do sul do Brasil esta etapa envolveu, possivelmente, um deslocamento pelos rios que compõem a bacia do rio da Prata. Os sítios arqueológicos no sul do Brasil associados a estes momentos apresentam como elemento marcador a presença de um conjunto específico de vestígio, denominado pontas de projétil fabricadas em pedra. Durante esta IC procuramos contribuir para essa discussão através da análise inicial de um conjunto de vestígios líticos oriundos da escavação de um sítio arqueológico localizado no Município de Alfredo Wagner, SC. O sítio Chapadão Paulo Saturno foi escavado pela equipe do LEIA em julho de 2017. A amostra gerada através das intervenções realizadas neste sítio foi processada e começou a ser analisada no âmbito desta bolsa de IC. Procedemos a curadoria das peças, com lavagem e numeração de todos os vestígios líticos maiores do que 2cm. Realizamos uma análise inicial voltada para identificação das matérias primas, das categorias básicas de vestígio e separação dos artefatos. A quantidade, as características tecnológicas e a diversidade de vestígios identificados nos permite levantar a hipótese de que este sítio corresponde a um local de produção de pontas de projétil. Apesar das análises ainda preliminares os artefatos apresentam semelhanças do ponto de vista tecnológico com outros contextos do sul do Brasil para o qual dispomos de datas bastante recuadas, com cerca de 8.000 e 9.000 anos AP. O fato do sítio apresentar vestígios enterrados a quase 1m de profundidade reforça essa possibilidade de associação com contextos antigos.
“É com pesar que comunicamos o falecimento de Teresa Domitila Fossari. Aos seus familiares apresentamos nossas sinceras condolências.
Teresa graduou-se em História pela UFSC (1968); fez o mestrado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1979) e o doutorado em Geografia também pela UFSC (2001). Atuou como Arqueóloga da UFSC, tendo sido Diretora do Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral. Dedicou-se à área de Educação, principalmente, aos seguintes temas: população pré colonial Jê e paisagem da ilha de Santa Catarina”.
“Em 2010, após alguns anos de UFSC, passei a participar das pesquisas do Laboratório de Arqueologia do Museu Universitário da UFSC. Ao longo de mais de três anos, fui estagiário da Dra. Teresa Fossari. Com ela, pela primeira vez, me senti próximo de alcançar o sonho de “ser arqueólogo”. Participando de vários projetos e atividades do museu, aprendi, com muita ajuda, orientação e atenção dela, a engatinhar e desenvolver os primeiros passos na Arqueologia. Quem a conheceu e com ela conviveu, sabe da responsabilidade e da preocupação dela com o desenvolvimento de uma arqueologia científica e crítica, desvinculada dos jogos políticos e acadêmicos inerentes aos “feudos da arqueologia brasileira”. Concordando ou não com ela no que diz respeito as suas atitudes e perspectivas teorico-metodológicas, é inegável a contribuição dela para o desenvolvimento da arqueologia em Santa Catarina e para a formação de muitos arqueólogos que atuam hoje em dia no estado. Felizmente, tive o prazer de aprender, conversar e debater muitas questões arqueológicas com ela. Além disso, devo ressaltar a atenção e o carinho da Teresa em outras questões pessoais, sempre atenciosa e disposta a ajudar. Infelizmente não pude me despedir, mas reconheço sinceramente e agradeço por todos ensinamentos/oportunidades que ela me proporcionou.
Na foto abaixo, uma das últimas atividades de campo que realizamos juntos, em 2012, no âmbito do licenciamento ambiental da Fazenda da Ressacada – Campus Sul da Ilha/UFSC”.
Prospecção na Fazenda da Ressacada. Agrônomo Marcelo Venturi e arqueóloga Dra. Teresa Fossari. Foto de Lucas Bond Reis.
O Laboratório de Estudos Interdisciplinares em Arqueologiafoi criado em 2011, pelo prof. Dr. Lucas Bueno, no Departamento de História da UFSC. O laboratório integra a linha de pesquisa História Indígena, Etnohistória e Arqueologia do Programa de Pós-Graduação em História(PPGH/UFSC). Desde 2012, realiza projetos em parceria com o Museu de Arqueologia e Etnologia Prof. Oswaldo Rodrigues Cabral(MARquE).
–»Para saber maiores informações sobre o laboratório, acesse os botões do menu O LEIA no lado esquerdo da página. –» Redes Sociais: Youtube e Instagram.